Comunicação: percepção do valor


Carlos Parente escreveu um artigo denominado "Comunicação: percepção do valor", acompanhe este artigo que agrega informações importantes para a produção de boas e excelentes notícias na organização empresarial.

De alguns anos para cá, com a máxima de que o principal ativo das empresas são seus funcionários, o debate sobre a importância da comunicação interna se intensificou, de forma a colocá-la como uma das principais estratégias da empresa com relação ao seus colaboradores. Todos concordamos com isso? Então vem a questão de como isso interfere na estratégia de comunicação interna das Organizações.

Para responder de forma pontual a esta questão é preciso que se entenda que o que sustenta todos os processos internos da empresa é o respeito desta para com seus funcionários - e vice-versa - e isso não seria diferente no processo de comunicação interna. Ao contrário, respeitar os funcionários é a missão mais importante desta função. Respeitar suas crenças e valores, seus sentimentos, sua inteligência. É o respeito que sustenta o processo de comunicação, potencializando a percepção da credibilidade da mensagem enviada.

E, por falar em credibilidade, ela, a relevância e o significado são os três pontos fundamentais na comunicação. Credibilidade: muito se fala sobre a comunicação ser responsável em garantir a disseminação das informações e objetivos da empresa a todos os seus funcionários. Antes de se comunicar é preciso construir uma relação de confiança entre quem fala e quem ouve, é preciso dar credibilidade ao processo. Parece óbvio, mas muitas empresas, na busca pela transparência, ainda comunicam, uma coisa e praticam outra no dia-a-dia. Transparência não apenas um objetivo a ser perseguido, mas um comportamento a ser observado em cada atitude, de cada funcionário e parceiro da Organização.

Relevância: os veículos de comunicação, ao contrário do que comumente se pensa, não estão apenas a serviço da Organização. Antes, eles estão a serviço dos funcionários, dos leitores e consumidores da informação e do conhecimento que transita por eles. Sendo assim, a informação precisa ser relevante para quem lê e não para quem escreve. Exemplos clássicos disso são os livros que se tornaram best sellers e os que não se tornaram.

Significado: esse é o nome do jogo. Afinal, é no oculto do aparente, ou seja, o que de fato, todas aquelas mensagens, textos, e-mails etc, significam , que os funcionários conseguem ler a " alma " da Organização. É claro que a forma também ajuda a criar o significado, porém, é no conteúdo que esse se expressa , até porque o valor agregado de tudo aquilo que intencionamos passar numa comunicação pode resultar em três coisas; conhecimento,atitude e/ou ação. E como se tem propagado ultimamente, a gente só se liga a uma empresa, produto ou marca, se percebemos nela um significado....é o que faz a diferença.

Agora, podemos voltar ao início deste breve artigo, onde o principal ativo das organizações são as pessoas - suas crenças, valores e atitudes -e concluiremos que são elas a principal fonte de informações e notícia das empresas. O que as pessoas realizaram, criaram, agregaram de valor é o que é importante para a Organização, portanto, comecemos a olhar para elas não apenas como leitoras, mas como a mais incrível, diversa, viva e inesgotável fonte de conhecimento que uma empresa pode ter.

Texto: Carlos Parente
Foto: SAP Scores for Notation Standards in Business Communication

Carlos Parente é diretor adjunto de Comunicação Interna do Banco Real/ABN AMRO Bank, professor de comunicação na ESPM e de MKT na Faap.

Fonte: PARENTE, Carlos. Comunicação: percepção do valor. Disponível em: http://www.comunicacaocrista.com.br/percepcao.php. In: Comunicação Cristã. Acesso em: 22 março 2010.

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